Um dia que merece ser lembrado
No dia 8 de Março celebrou-se o Dia da Mulher. Muitas mulheres antes de
nós lutaram e sofreram para que tivéssemos os Direitos que temos hoje. Este dia
é para todas elas, mas também para nós e para todas as que hão-de vir. Como tal
merece ser lembrado, e mais: comemorado!
Foi este pensamento que nos levou, no âmbito da disciplina de
Sociologia, leccionada pela professora Manuela Ventura Lopes, a apresentar uma
peça de teatro sobre o desrespeito e a violação dos Direitos das Mulheres,
intitulada As Sofredoras.
As Sofredoras
não são mais que nove mulheres que sofrem e que não vivem as suas vidas
plenamente porque os homens, e até outras mulheres, não respeitam os seus
direitos, que já deviam estar assegurados no século XXI!
As Sofredoras é a história de
Daura, a “preta” discriminada, desempregada e solteira; de Maria, a jovem
mulher que sofre de violência no namoro; de Alina, a mulher árabe que é
controlada e abusada pelo marido; de Iryna, a rapariga ucraniana que é
assediada pelo patrão, mas não pode colocá-lo na ordem, pois precisa
desesperadamente de dinheiro para enviar à família; de Evolet, a menina órfã
que teve de se “fazer à vida” para poder sobreviver, apesar de ninguém aceitar
a sua forma de vida; de Beatriz, a menina rica que os pais não deixam casar com
o homem que ama, por ser de baixa estirpe; de Ester, a mulher que sonha ser mãe,
mas vê o marido destruir todas as suas esperanças de concretizar esse desejo;
de Cassandra, a menina cigana que os pais querem obrigar a casar, mas que
prefere estudar; e de Raquel, a advogada ameaçada de morte, por ter contribuído
para a condenação de dois poderosos traficantes de droga.
Todas estas mulheres sofrem em silêncio e
o grupo de apoio, a que a coordenadora chamou As Sofredoras, é o único sítio onde podem desabafar e permitir-se
ter esperança num futuro melhor. Progressivamente, as suas vidas vão mudando
porque contam com o apoio umas das outras. O final é feliz, mas nem sempre
acontece o mesmo na vida real. Há mulheres que passam por verdadeiras situações
de desespero todos os dias e não têm a sorte de terem alguém que as ajude ou se
preocupe com o seu problema. É preciso que a sociedade evolua, que todos
estejamos alertas e nos prontifiquemos a ajudar o próximo, só assim podemos
combater injustiças como estas!
A peça de teatro que representámos procurou ser um alerta para isso, uma
chamada de atenção. Afinal temos direitos que estão expressos em papel, mas que
devem ser respeitados no nosso quotidiano! Assim, neste dia tão importante,
apresentámos uma peça de teatro, da autoria de Sofia Lourenço, e representada
por Alexandra Santos, Ana Olas, Diana Gomes, Diana Almeida, Jéssica Ribeiro,
Liliana Torres, Rute Cravo, Sofia Lourenço e Wendy Matias, da turma E, do 12º
ano, à qual assistiram uma turma de cada ano, desde o 9º ao 12º. É de realçar
que somos amadoras e que esta peça de teatro constituiu um trabalho realizado na
disciplina de Sociologia 12ºano, Turma E, leccionada professora Manuela Ventura
Lopes .
Esperamos que tenha sido do agrado de todos e que tenha ajudado a
dinamizar o Dia da Mulher na Escola Cristina Torres. Afinal…este é um dia que
merece ser lembrado!
Sofia Lourenço
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