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Crónicas de Guerra
Toni… noni… noni…
Este som surdo, já a sirene o entoava há 3 anos. Suspeito que até ela já se cansara de tanto chinfrim.
Há muito que as máquinas partiram e com elas as pessoas.
“O meu avô, onde está o meu avô?” Frases destas muito ouvidas, nem todas ditas claramente de tanto soluço, mas veramente sentidas.
Todos os dias a lista negra. Aquela dos nomes proibidos, cujo único objectivo é partir corações, desfragmentar esperanças, entregar a loucura, identificar a causa de morte – desaparecido em combate – unânime para todos…
Todos os dias caem as lágrimas de mil crianças; lágrimas secas do sofrimento, falta de comida e água.
Bastava que um dos lados pedisse o outro em amigo!
Que ingenuidade! Se fosse assim tão simples… Mas não. Não é nada assim! Quantas mortes causadas por mera teimosia e mal entendidos. Porquê?
Devíamos saber que não se pode depositar todo o poder num só homem.
Democracia? Mera ilusão.
Votamos? Somos bonecos controlados por outros.
Exigências do povo ao governo? NÃO!!! Apenas um pedido: que a guerra acabe; que o sofrimento acabe; que a lista acabe; que as lágrimas acabem.
Enfim, só pedimos PAZ.
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