terça-feira, 26 de abril de 2011

Trabalhos Premiados no Prémio Literário Cristina Torres

Realizou-se a 20ª edição do Prémio Literário de Cristina Torres.
O tema deste ano foi “Bichos”, e foi um sucesso!
Vinte e sete trabalhos, distribuídos pelos três escalões: A (dos 11 aos 13 anos), B (dos 14 aos 16 anos) e C (dos 17 aos 20 anos). O escalão B foi o que esteve mais bem representado, com dezasseis trabalhos. Dos vinte e sete trabalhos, dez são de poesia.
O Júri, constituído por seis professores de áreas disciplinares diferentes, teve alguma dificuldade em seleccionar os bons textos a concurso. Daí que ainda optasse por atribuir três Menções Honrosas, para além de oito prémios.
Esta edição contou o patrocínio da Câmara Municipal da cidade, das freguesias de Tavarede e de S. Julião, da Celbi e da Pastelaria Dionísio.
A todos o nosso Muito Obrigado. Sem o Vosso apoio estes jovens escritores não se sentiriam tão felizes por serem, afinal, extraordinários.
Um agradecimento para a criadora do cartaz do Prémio, Énia Patrício, que estava lindíssimo, e que abriu esta porta para os próximos concursos.
A todos os concorrentes, a nossa ovação. De pé.
Porque acreditamos que esta é a forma mais bonita de continuar a celebrar a grande pessoa que foi Cristina Torres, aqui ficou, em 2010-2011, a homenagem dos professores de Português desta escola.
A cerimónia de entrega dos prémios realizar-se-á no dia 4 de Maio, pelas 15.00 horas, na sala 2B.
20º PRÉMIO LITERÁRIO CRISTINA TORRES
1º PRÉMIO – ESCALÃO B – POESIA

Bichos a rimar
Sim, somos uns bichos
Uns bichos descomunais
Porque embora com sentimentos
Temos atitudes anormais.
Tentamos parecer felizes,
Quando queremos chorar,
Insistimos em não ouvir os outros
Quando só pensamos em falar.
Sempre com um sorriso no rosto,
Para ninguém nos questionar
Parecemos loucos aparentemente a rir
Mas por dentro, estamos a chorar.
Julgamo-nos inteligentes
Não passamos de ignorantes
E num mundo tão grande,
Julgamo-nos gigantes.
No meio de tanta evolução
Ainda não passámos do chão
E no que se pode evoluir
Ainda há muito que descobrir.
Preocupamo-nos em demasia,
Com coisas sem significado
Fazemos parte de uma vida
Que não chega a ser um sonho realizado.
Somos mesmo piores do que bichos
Erramos e tornamos a errar
E quando alguém se engana
Somos os primeiros a criticar.
É ridícula a mente humana
São ridículos os nossos feitos,
E ainda mais ridículo é…
Achar que não temos defeitos.
Sim, é verdade que já muito conquistámos
Mas ainda há tanto que alcançar
O melhor é não nos auto-elogiarmos
E continuarmos a lutar!
- Mas ninguém faz isso…
E sabem porquê?
PORQUE SOMOS BICHOS!    
                                                                                                          Balbina Oliveira, 9ºA
Escola Secundária c/ 3º CEB de Cristina Torres

1º PRÉMIO – ESCALÃO B – PROSA

O Lado Escuro da Lua

            Entrei na sala com um leve sorriso nos lábios e um tabuleiro com quatro canecas cheias de leite branco e gelado. O meu irmão gémeo e os nossos dois melhores amigos estavam sentados à mesa, suando e bufando.
            - Quem diria que fazia tanto calor na Lua, durante um apagão - suspirou o meu irmão, passando uma mão pelos cabelos suados. Ele e o melhor amigo tinham já aberto as camisas, revelando os músculos do peito e da barriga. A minha melhor amiga trocara a camisola de manga curta por um top, mantendo a minissaia e os longos cabelos loiros presos num rabo-de-cavalo. Eu roubara uma T-shirt do meu irmão e vestira uns calções minúsculos, que eram praticamente tapados pela enorme T-shirt.
            Eu, o meu irmão Pedro e a minha melhor amiga, Rita, vivíamos na capital da Lua há já vários meses, vindos da Terra para estudar na Universidade Lunar. Para além do excelente ensino, motivara-nos a poluição que imperava no nosso planeta e a mínima gravidade do satélite, que fazia as delícias de miúdos e graúdos. A única desvantagem era a sucessão de luz e escuridão. Duas semanas contínuas de luz, seguidas de mais duas semanas de escuridão, como se pode observar pelas fases da Lua. E desengane-se quem pensa que as duas semanas de escuridão, às quais chamamos de apagão, são frias. A lei da lógica assim o ditava, mas era precisamente o contrário. Fazia um calor infernal!
            - Felizmente temos este maravilhoso leite gelado - notei, poisando o tabuleiro na mesa e começando a distribuir as canecas - Não há nada melhor para nos fazer esquecer este calor e ajudar a dormir.
            - Tens toda a razão, gémea - concordou o meu irmão, sorrindo, enquanto eu me sentava.
            - E tu tens um jeito de acrescentar açúcar ao leite que… humm… parece que foi tocado por um anjo - disse Afonso, com um sorriso insinuante.
            - Pedro, o teu amigo está a atirar-se a mim… outra vez - notei, enquanto levava a minha caneca aos lábios, usando-a para esconder o meu sorriso.
            - Não te estiques, Afonso - rosnou o meu irmão, erguendo também a sua caneca para beber.
            Afonso encolheu os ombros suavemente e Rita atirou a cabeça para trás com um novo bufo.
            - Meu Deus, quem me dera que os tipos da central metessem estes ventiladores a trabalhar a sério - resmungou ela.
            A luz apagou-se nesse preciso instante e os ventiladores deixaram de funcionar, deixando o calor envolver-nos nas suas garras.
            - Hã… isto não era suposto acontecer - notou a voz de Afonso, vinda de algures por entre a escuridão.
            - Foi só a nossa casa? - perguntou Rita.
            - Não… - negou lentamente Pedro - Todas as casas são alimentadas pela central da cidade. Foi geral.
            - Vês o que dá falar mal dos tipos da central, Rita?!
            - Uma descarga? - sugeri, nem dando tempo a Rita de responder ao meu irmão.
            - Não me parece - negou Afonso - Vivo aqui há quase três anos e garanto-te que isto nunca aconteceu.
            - Catarina, os óculos de visão nocturna - lembrou-me o meu gémeo.
            Levantei-me e, às apalpadelas, consegui ir até ao armário que estava no hall de entrada e abrir a gaveta onde estavam os óculos. Coloquei um par e logo passei a ver claramente tudo o que se encontrava em meu redor, como se a luz do luar de que se desfrutava na Terra tivesse entrado na casa. Voltei para junto dos meus companheiros e entreguei-lhes os óculos.
            - Que fazemos? - perguntou Rita, depois de colocar os óculos - Esperamos que a luz volte?
            - Sério, malta, isto não é normal - insistiu Afonso - Aconteceu algo na central e aposto que não foi nada de bom…
            - Bem, temos a certeza que não explodiu, pelo menos - lembrei-lhes - De certeza que teríamos ouvido se…
            - De certeza que metade da Lua teria ido pelos ares! - cortou Afonso - Acredita que as centrais não são algo com que se deva brincar…
            Ouvimos vozes fora de casa e percebemos que as pessoas estavam a sair para a rua, provavelmente a questionar-se também sobre o que teria acontecido.
            Saímos também e observámos as pessoas que se colocavam no meio da estrada, olhando para as cúpulas da gigantesca central eléctrica a alguma distância da cidade, ou a correr para a porta da casa do vizinho, trocando teorias sobre o que teria acontecido.
            De repente, surgiram duas bolas de pêlo voadoras, do tamanho do punho de um adulto. Tinham uma cauda fina com um pompom na ponta e os olhos muito pequeninos e completamente negros, que faziam lembrar os olhos dos ursos de peluche. Agora, os seus olhos tinham um brilho um tanto ou quanto agitado, que combinava com os seus guinchos inquietos e os voos frenéticos das bolas em redor uma da outra. Eram os dois gatos lunáticos que se tinham apegado a mim e ao meu irmão e nos seguiam para todo o lado. Ninguém sabia da sua existência e eu e o meu irmão tínhamos ensinado os gatos a não saírem de casa e a não aparecerem diante de pessoas que não conheciam. Era muito estranho que nos tivessem seguido para fora de casa.
            - Estrelinha – chamou o meu irmão - Que se passa? Por que estás assim?
            A gata lunática do meu irmão voou até ele e escondeu-se junto do seu pescoço, enrolando a cauda em torno dele e tremendo sem controlo. Eu estendi a minha mão para o meu gato, Pigmeu, e ele pousou na palma, enrolando a cauda à volta de si mesmo e tremendo tanto como Estrelinha.
            - Estão assustados - notou Rita.
            - Mas porquê? - perguntei, para ninguém em especial.
            Demos todos um salto quando se ouviu um estoiro e um clarão, vindos da central eléctrica. Algumas donas de casa soltaram gritos de susto, tapando com as mãos as suas bocas escancaradas de horror. Os dois gatos guincharam mais alto.
            - Que foi aquilo? - perguntou Pedro.
            - Eu disse que não era nada de bom… - notou Afonso, com voz trémula.
            - Vamos pelos ares?! - guinchou Rita, prestes a entrar num ataque de histeria.
            Ouviu-se um outro estoiro e o chão estremeceu levemente, fazendo as folhas de algumas árvores soltarem-se e flutuarem lentamente até ao chão. As duas bolas de pêlo ergueram-se no ar, flutuando em redor da minha cabeça e da do meu irmão, guinchando como se não houvesse amanhã. Algo que eu temia que poderia mesmo não haver…
            - Vamos morrer, vamos morrer, vamos morrer… - começou Rita a choramingar, com as mãos em frente da boca.
            Houve um terceiro estoiro e um clarão tão forte que quase transformou a noite em dia. O chão estremeceu de tal modo que toda a gente perdeu o equilíbrio e caiu de costas. Durou apenas alguns segundos, em breve voltávamos a ter o chão quieto sob os nossos pés. Ouviam-se gritos e choros por todo o lado.
            - Vamos embora daqui – pediu Pedro, levantando-se apressadamente.
            - Para onde?! – perguntou Rita, levantando-se também, mas com dificuldade.
            Afonso ajudou-me a levantar e agradeci-lhe com um breve sorriso. Não largou a mão pela qual me puxara do chão, envolvendo ainda a minha cintura com um braço.
            - Não sei, vamos para o interior da cidade ou…
            Pedro calou-se e todos lhe lançámos um olhar interrogativo. Porém, percebemos logo a razão. Os gritos e os choros tinham findado por completo. Nada se ouvia. Olhámos na direcção dos outros habitantes que, por sua vez, olhavam todos na mesma direcção: para o fundo da rua.
            - Que se passa? - perguntou Rita num murmúrio, amedrontada pelo silêncio.
            Ninguém lhe respondeu. Afonso puxou-me para mais perto de si, num acto que me pareceu extremamente protector.
            Passado alguns segundos, ouvimos gritos ao longe. Não tardou até que víssemos uma multidão a correr desenfreadamente na nossa direcção, perseguida por sombras que soltavam guinchos de gelar o sangue nas veias. Os nossos gatos lunáticos, guinchando tanto quanto as sombras, enrolaram as caudas finas no meu pulso e no de meu irmão e começaram a puxar-nos suavemente para subirmos a rua, tal como a multidão fazia. Por onde a multidão passava, mais pessoas se lhes juntavam, também aos gritos e choros.
            - Meu Deus, o que é aquilo? - perguntou Pedro, dando um passo na direcção da multidão que se aproximava, com os olhos semicerrados para tentar ver o que eram as sombras.
            - Eu não sei, mas também não quero ficar para saber - choramingou Rita.
            A multidão estava quase em cima de nós e eu vi uma das sombras dar um salto impossível, mesmo na Lua, com uns braços e pernas finos abertos, assim como a boca munida de mortíferos dentes. Era um monstro horrível, com uma cabeça parecida com a de um homem, rapada, com os olhos brancos e vazios, sem nariz, sem lábios, parecendo semi-apodrecida. Caiu em cima de um homem, fazendo-o cair, e rasgou-lhe o pescoço com os dentes afiados.
            - Meu Deus… - murmurou Pedro. Também ele vira a criatura e o que fizera.
            - Corram! - gritou Afonso, puxando-me atrás de si.
            Eu segui-o, resistindo à tentação de olhar para trás para saber quão perto de nós vinham os monstros. Pedro e Rita corriam mesmo ao nosso lado, sendo ela puxada pelo meu irmão, já que mal se aguentava nas pernas. Estrelinha e Pigmeu soltaram os nossos pulsos e voaram à nossa frente, parecendo que nos queriam guiar. Portanto, quando eles viraram para uma rua estreita e subiram pelas escadas de metal de um prédio, nós fomos atrás deles. Levaram-nos até uma janela aberta, por onde Rita se apressou a entrar, com Pedro logo atrás de si. Enquanto isso, na rua que abandonáramos, as pessoas corriam e gritavam desvairadamente, temendo pela sua vida.
            - Entra! - apressou-me Afonso, empurrando-me na direcção da janela.
            Eu entrei no momento em que a última pessoa passava pela rua. Depois disso, vieram os monstros, correndo apoiados nas patas da frente. Um deles olhou para nós, no momento em que Afonso entrava, caindo no chão com a pressa.
            - Fecha a janela! - gritou a Pedro.
            O meu gémeo já se encontrava em movimento ainda mal Afonso abrira a boca e começara a falar. Fechou a janela rapidamente, no momento exacto em que o monstro que nos vira se atirava contra a janela. O vidro rachou e Rita soltou um grito. Com um salto, Afonso levantou-se do chão e fechou o estore da janela, algo que não era comum nas casas da Lua. Ouvimos o monstro bater no estore, mas, desta vez, não houve estragos. A criatura soltou um medonho guincho de frustração, que fez todos os pêlos dos meus braços se eriçarem. Afonso encostou um ouvido à janela e deve ter ouvido o monstro afastar-se porque permitiu-se a inspirar fundo, tentando acalmar a respiração apressada. O ambiente relaxou ligeiramente e encostámo-nos aos móveis daquilo que percebíamos agora ser uma espécie de escritório, recuperando o fôlego.
            - O que eram… aqueles bichos? - perguntou Pedro com dificuldade.
            - Não faço ideia - respondeu Afonso, passando uma mão pela testa. A camisa ainda aberta permitia ver o suor escorrer-lhe pelo peito - Juro que nunca vi nada assim…
            - Pareciam criaturas saídas de uma mistura de… - Pedro esbracejou levemente, como se procurasse agarrar os filmes certos.
            - Van Helsing e The Walking Dead? - sugeri.
            - Definitivamente The Walking Dead - concordou Pedro - Parecem zombies!
            Afonso desencostou-se do armário ao lado da janela e olhou em volta.
            - Ora bem, estamos dentro de uma casa desconhecida, com uma data de… de… zombies à nossa espera lá fora. Que fazemos?
            - Aconselho-vos a estarem calados – murmurou uma voz antiga, enquanto uma figura robusta e barbuda surgia no umbral da porta, iluminada por uma vela. Os nossos gatos lunáticos estavam poisados nos seus largos ombros.
            - Quem é o senhor? - perguntou Pedro, com os punhos cerrados, pronto para a luta.
            - Isso pergunto-vos eu - defendeu-se o velhote, mantendo a voz baixa - Vocês é que entraram em minha casa, sem pedir autorização.
            - Pedimos desculpa, mas precisávamos de um sítio para nos escondermos – disse eu, tomando as rédeas da situação.
            - Eu reparei, miúda - disse o velhote, acendendo uma vela que estava num dos armários com aquela que trazia na mão. Há séculos que as velas não eram fabricadas na Terra. Aquele homem deveria ser muito velho ou tinha uma grande colecção de coisas antigas - O meu nome é José, mais conhecido apenas por Zé. E vocês?
            - Eu chamo-me Catarina. Aquele ali é o meu irmão gémeo, Pedro. O outro rapaz é o Afonso e aquela rapariga é a Rita. São amigos.
            O velhote acenou levemente.
            - Fico feliz por terem escapado aos bicharocos que andam lá fora. Eles não são mesmo nada simpáticos. Mas vocês devem ter reparado nisso.
            Eu acenei.
            - Sabe o que são? - perguntou Afonso.
            - Claro que sei! - respondeu Zé, com um sorriso satisfeito - São humanos.
            - Humanos?! - repetiu Pedro, com um esgar de desprezo a desfigurar-lhe o rosto bonito - Está a gozar connosco?!
            - Quem me dera estar! Infelizmente, eles são humanos, estão vivos, lá fora, e comem pessoas.
            - O que lhes aconteceu? - perguntou Rita num murmúrio.
            - Pergunta inteligente - aprovou Zé, acenando com a cabeça.
            A divisão mergulhou no silêncio durante alguns segundos, até que Afonso fez o obséquio de o quebrar:
            - Vai contar-nos?
            Zé soltou um suspiro, olhando para o tecto, e depois começou:
            - A poluição na Terra atingiu dimensões que não vos passam pela cabeça. Surgiu uma imensa variedade de novos vírus, alguns mortais… outros nem por isso. Acabaram de assistir a uma manifestação de pessoas infectadas com um desses vírus.
            - Como chegaram até à Lua? - perguntei.
            - Não faço ideia - confessou Zé, encolhendo os ombros maciços - Mas as naves são bem grandes, com imensos cantos escuros, onde as Autoridades Interplanetárias não se lembram de procurar por infectados… - abanou a cabeça com reprovação - Imbecis - acrescentou num murmúrio, não deixando quaisquer dúvidas quanto à sua opinião sobre as Autoridades.
            - Tem a certeza do que está a dizer? - perguntou Pedro, ainda não convencido.
            - Claro - confirmou Zé - Foi para não ser infectado que fugi para a Lua. Perdi a minha mulher e as minhas filhas para aqueles bichos horrorosos…
            Engolimos todos em seco, lamentando a sorte do pobre homem.
            - Bem, se ficarmos quietos e calados, podemos aguentar até à próxima semana, altura em que o sol começará a nascer - lembrou Zé - Nessa altura, estaremos a salvo.
            - Como sabe? - perguntámos.
            - Os bichos não gostam de luz. E duas semanas de luz seguidas vão dar tempo mais que suficiente de as… Autoridades… darem conta do recado. Elas vão encontrar todos os bichos escondidos e enchê-los de chumbo. Parece-vos bem?
            Acenámos veementemente, numa afirmação.
            - Então, façam o favor de não fazer barulho e elas não nos incomodarão.
            Zé começou a sair do escritório, coxeando levemente, e Rita murmurou:
            - Não acredito que tenha acontecido aquilo a pessoas como nós…
            Zé parou de andar e olhou por cima do ombro.
            - Não sabias que os humanos se podem tornar bichos? E nem sempre é preciso um vírus…

Daniela Marques, 10º E
Escola Secundária c/ 3º CEB de Cristina Torres




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