Agora
que estamos a chegar ao fim do ano e que algumas turmas já terminaram as aulas,
vale a pena recordar alguns bons trabalhos que os alunos realizaram. O texto
que quero partilhar convosco é de uma aluna do 9º B, a Mariana Pimenta. Foi escrito num teste (!) no terceiro
período. Pedi aos alunos que escrevessem um texto sobre a nossa cidade que
pudesse ser publicado numa revista sobre viagens. Porque o tema- penso eu-
interessa a todos e porque ler um texto de qualidade- tenho a certeza- é um
prazer sempre, aqui fica. As saudades
também. Mas ter saudades é bom!
Amélia R
A Figueira da Foz é uma cidade
costeira que se prolonga ligeiramente para o interior e inclui, nas zonas
geográficas que valem a pena ver, uma serra espetacular à beira-mar.
Não considero uma visita a esta
cidade menos importante do que uma estadia numa dessas cidades reconhecidas
mundialmente, não pelas suas qualidades geográficas ou pela sua beleza, mas por
serem o paraíso para os consumistas viciados no adquirir de novos e inúteis
materiais.
Decerto que essas tristes
pessoas não acordam de manhã e olham pela janela. Não por faltar tempo ou
vontade, mas porque não há nada lá fora que valha a pena ver. Não se podem
maravilhar com a beleza da praia da Figueira, a cor única e a luz única, que
fazem por si só com que uma visita a esta cidade se justifique.
A luz da Figueira é de facto
bastante especial. Nesta cidade as cores são mais brilhantes, a luz é mais
pura, mesmo nos dias em que as nuvens cobrem o sol há uma claridade que fere a
vista, o que proporciona uma felicidade inconsciente.
Mas as praias e a luz não são as
únicas razões pelas quais adoro a minha cidade. É impossível sentir-me
desanimada quando passeio pela serra, e sinto sempre nostalgia quando vejo o
farol, que me faz lembrar os tempos em que acreditava que ele tinha um diamante
gigante por dentro.
E se alguém o visitar, vai
descobrir que até tem.
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