quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Paródias à proposição d'Os Lusíadas - Trabalhos de Alunos

Paródia a Os Lusíadas

No âmbito do estudo d’Os Lusíadas foi proposto aos alunos do 9ºC que realizassem uma paródia à Proposição, tendo em atenção o contexto político-social actual. Os resultados foram, regra geral, bons. Esperamos que te divirtas com a criatividade revelada pelos teus colegas.


Com os políticos e partidos assinalados,
Que, defendendo esta terra lusitana,
Viram os preços serem aumentados
Por esses leões nesta nossa savana
Em leis e impostos tão esforçados
Que toda o país agora abana,
Dizendo que já tudo tentaram
Novo reino, que já d’antes afundaram.

E também as memórias gloriosas
Da esquerda e direita brigando
Da terra das falas pirosas
Alberto João andou devastando
Aqueles que por obras valorosas
Se vão da tirania libertando.
Gozando espalharei por toda a parte
Que falar madeirense é mesmo arte.

Em eleições para escolher o tirano
Da esquerda são muitos os que vieram
Para tirar Cavaco p’ra trás do pano
Mudar a cena que ainda não tiveram
Querem ser a cara do povo lusitano
A quem os homens sempre obedeceram.
Agora cale-se tudo, por amor da Santa!
Que outro valor mais alto se alevanta.

Gonçalo Dias, 9º C



 
No âmbito do estudo d’Os Lusíadas foi proposto aos alunos do 9ºCque realizassem uma paródia à Proposição, tendo em atenção o contexto político-social actual. Os resultados foram, regra geral, bons. Esperamos que te divirtas com a criatividade revelada pelos teus colegas.

Os políticos e ladrões bem avisados,
Que do Ministério saem ao fim-de-semana,
Por lugares nunca antes caminhados,
Passeiam-se algures em Copacabana.
Em debates e julgamentos esforçados
Menos do que seria de esperar,
O povo pobre continuarão  a espezinhar
Mas nunca o irão derrubar.

E também os corruptos conhecidos,
Os que vão matando a esperança,
A paciência, a resignação e os sentidos
Dos que já perderam a confiança.
E os que nos mentiram e prometeram
Nova vida, que não puderam dar,
Que vão todos para o inferno
Porque o mal não é eterno.

Miguel Adão, 9ºC






As multas e os barões soprados
Que na ocidental estrada lusitana
Foram implacavelmente passadas
Pela Guarda Nacional Republicana,
Ivas e IRS inflacionados,
Maiores do que lhes prometia a fama,
Gente de bem prejudicaram
E vozes revoltadas se levantaram.

E também as memórias vergonhosas
Dos governos que nos foram pisando;
As cunhas, os boys, as promessas enganosas
De Norte a Sul nos foram arruinando.
E aqueles que por submissões piedosas
Se vão das tochas alimentando.
- Cantando esconderei a toda a parte
A sua fatia de bolo e arte.

Acabem com as injustiças deste ano,
As compras dos submarinos que fizeram,
A prepotência constante de tal fulano,
O drama das derrotas que tiveram
Escondam-se os que votaram por engano
Naqueles que só através de nós enriqueceram,
Que agora já nada me espanta,
Uma vez que a desgraça é tanta.

Daniela Rato, 9ºC

2 comentários:

  1. Óptima ideia e desempenho desses alunos! E dizem que os nossos jovens não são críticos! Força no verso! Caribaci

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